sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Odeio a cozinha

Suiá dos Santos

No feriado do dia das crianças, todos estavam reunidos lá em casa, um faz uma coisa, outro prepara outra, meus irmãos e meu primo corriam de um lado a outro da casa, e eu estava ali fazendo o que mais detesto: cozinhar. Enquanto eu preparava a lasanha que meu namorado mais gosta, eu entrava em surto, uma briga terrível acontecia na minha cabeça, será que devo estar fazendo isso mesmo? Enquanto ele lá na sala sentado, acessando a internet, sem nem me ajudar, mas claro, ele não mora lá. Onde mais que ele poderia estar? Isso me fazia sentir presa, sufocada pelo machismo, tudo isso porque um cara me disse que lugar de mulher é na cozinha. Frustrei! Com uma dessa você queria o que? Que eu ficasse feliz em saber disso?

E a cada fatia de queijo que eu colocava, eu ia lembrando as palavras desse cara que conheci no ônibus enquanto viajava para visitar minha família e o meu amado. Ele me disse que a mulher tem que cuidar do maridinho, preparar seu alimento e não brigar quando ele chegar da rua mesmo que seja meia-noite... O que me faz pensar diante disso é será que todos os homens são iguais? São todos uns trastes? E não percebo isso porque estou apaixonada? E se eu casar vai realmente acontecer isso? Nãao, não quero nem acreditar. E como uma alucinação eu ouvia: - Não conheço nenhum homem fiel, não existe... Estava praticamente dando um colapso. Pronto, a lasanha foi ao forno.

E durante todo aquele processo na cozinha, eu ficava mais aflita. Porém, o que realmente mexia comigo era como é que, em pleno século XXI, com o avanço da tecnologia a cada dia, a mulher conquistando do nascer ao pôr-do-sol o seu espaço na sociedade me deparar com um cara que tenha agido de forma tão grosseira e machista. Mas vejo uma solução: para esta terrível situação é incentivar as mulheres a se lançarem mais e mais buscando pelo seu espaço, mesmo que tenham que preparar uma lasanha para o seu namorado. Ah! E ter compaixão de caras, tipo esse: que param de pensar, ou seja, regridem enquanto as mulheres avançam.

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Amor felino

Ágata Fidelis

Estava pensando sobre os sentimentos, e de repente cheguei à conclusão de que o amor é o sentimento mais nobre deles, indivisível. Quando amamos alguém ou algo, mais queremos amar e mais amamos. Há seres porém que não levam amor no coração, ou pelo menos dão essa impressão. Será? Perguntei a mim mesma. Alguma coisa, algum dia esse ser deve ter amado.

Eu mesma certa vez tive um gato, Guga era o nome dele. Sim, em homenagem ao tenista!! Meu gato era lindo, malhado, de um cinza escuro, meio esverdeado. Nunca tinha visto felino tão grande e robusto, parecia um daqueles "bichinhos" do Discovery Channel. O tempo foi passando, Guga foi crescendo e percebemos que não era só a aparência que lembrava os "gatinhos" do canal pago, sua natureza era diferente da dos outros gatos que eu já havia tido, havia algo de selvagem naquele bichano.

Nenhum outro gato podia chegar perto dele, nem ninguém, em momento algum, e a superioridade no tamanho e força era gritante, mas o que ninguém podia deixar de perceber é que aquele gato de aparência selvagem, e temperamento violento, que ninguém encostava, tinha um carinho especial por mim, um amor mesmo. Eu podia chegar perto, acariciá-lo e até mesmo pegá-lo no colo, mesmo que com, digamos, uma certa precaução.

Certa vez deitei com ele ao meu lado, depois de muitos olhares apaixonados e afagos, ele adormeceu, ali, juntinho à mim, eu e a fera. Pensei comigo, como o amor é mesmo um sentimento nobre, se o King kong pôde ser domado pela loirinha frágil do clássico, eu também podia domar o meu bichinho selvagem, com a diferença que ali não era ficção, era meu bichano, peludo e real. Enquanto pensava nisso Guga acordou, deu de cara comigo, com o rosto muito próximo ao dele, levou um susto! Não estava acostumado com a proximidade física, me deu um golpe no rosto, com aquelas patas enormes, de garras afiadíssimas. Tudo durou segundos, entre meus pensamentos, o olhar assustado, o golpe, a fulga, e o sangue escorrendo. Depois disso cheguei à conclusão de que sim, o amor é relativo, num momento amamos, em outro não, que nem maré, uma hora hora vem, outra hora vai... E assim seguimos amando, como o mar, como Guga.

terça-feira, 24 de novembro de 2009

Diga-me o perfil, que eu te direi quem é

Camila Barreto

Curioso mesmo é esse submundo virtual chamado site de relacionamentos. Cada dia é um link diferente. Os insights dos usuários em peripécias registradas em fotos é o que me deixa mais perplexa. Como as pessoas gostam de uma lente! E se tem gente que adora o verbo aparecer, tem muito mais que adora a ação fuçar.

A inserção prática de informações pessoais numa página acessada pelo mundo inteiro fez com que pensássemos que aquela fofoca de porta entre vizinhos e comadres estivesse acabada. Pura ilusão! É só porque em tempos de globalização e corre-corre ninguém tem mais tempo de ficar uma ou duas horas de pé falando de ‘fulano que se separou de fulana’, ou de ‘beltrano que foi a uma festa e saiu catando fichas’.

O velho sistema olho no olho e ouvidos bem abertos, foi aprimorado para olho na tela e dedos afiados nas teclas. Porém, não se preocupe você, indivíduo que cresceu sabendo dos acontecimentos porque ouvia indevidamente conversa de gente grande, pois, é fácil se adaptar. Quem estava de pé agora se senta. Basta, estando na internet fazer um ‘login’, fazer um ‘add’, tornar-se ‘amigo’ e pronto! Você é mais um a tomar conta da vida dos outros, salvo uma regra clara: os outros também tomarão conta da sua. A essência é a mesma de antes, só mudou o meio de transmissão, e por horas e horas você se manterá ali.

Intrigante é ver como esse tipo de site gira em torno da pessoa e ela em torno do mesmo, numa espécie de translação alternada, por vezes simultânea. O perfil exibido descreve além das características físicas ou profissionais, pois há uma nova modalidade, surgindo a ‘necessidade’ agora em anunciar para ‘apenas os amigos’ da rede ou para ‘apenas os amigos dos amigos’, (assim: se você possuir uns trezentos amigos e cada um deles mais trezentos, no final dá uma quantidade desprezível, bobagem) se está triste, doente, ou para que saibam que estou de luto. Para isso o perfil deve estar em letras garrafais e laço preto o nome “LUTO”, para que possam ter noção do tamanho do meu sentimento; a imensa dor e comoção, não impediram de dar um pulinho na internet e deixar registrado antes de ir ao enterro. Futilidade... Hipocrisia... Já inventaram o luto virtual.

Acredito que tais sites colaboram na composição de muitas caras do modismo ‘eu sou único e original’, e do ‘me chama para ser capa de revista’, não fazendo generalizações, e faz aflorar em alguns o desejo de ‘minha vida como queria que fosse’, em um reality show diferenciado, onde todos te veem nas melhores poses, ângulos, roupas, lugares, no seu melhor sorriso. Não expomos os acontecimentos reais da maneira que exatamente sucedem, portanto, aquelas páginas reproduzem imagens virtuais, de momentos virtuais, de sentimentos e feições também virtuais. As lentes têm aversão ao individualismo, às caras feias e às atitudes desagradáveis, estes, muito mais comuns do ser humano. E se pudéssemos ver e sentir tudo isso pela tela, iria feder, e muito.

Não é mais interessante que as fotos das reuniões em família, dos aniversários e dos almoços de domingo estejam apenas no “Álbum da Família”, e que sejam mostradas apenas aos mais chegados. É preferível que chegados, distantes e desconhecidos vejam nos álbuns virtuais e mais uma vez “tomem parte” de acontecimentos que deveriam ser mais preservados, mais íntimos. “Chama todo mundo para tela do computador para ver e falar mal das fotos de ‘fulano que casou e nem nos convidou’.

As ‘atualizações’ caminham rápido na internet, e com elas a dispersão e banalização das relações. Podemos tranquilamente preencher um cardápio dos melhores e piores momentos meus, seus, de fulano e de sicrano. Servi-los: experimentem, analisem, deem sua nota como os críticos fazem. Pior que fazem. Pior que fazemos. Não me isento desse mundo virtual, e também adoro ‘atualizações’. Os julgamentos feitos dispensam o cumprimento da profecia apregoada no Apocalipse do dia do Juízo Final. Pra quê? Já fomos julgados e julgamos antes de Ele voltar. Nisso tudo não tenha dúvida, o julgamento é real, nunca virtual.

sábado, 21 de novembro de 2009

Pensa logo!

Ana Paula Maquiné

Após um longo período sem inspirações para minhas crônicas, resolvi então escrever justamente sobre isso, a falta de inspiração para escrever uma simples crônica. Fácil não é? Acredite, difícil! Cara, passei minutos sentada em frente ao computador pensando em um tema para que pudesse começar a digitar e de repente, dedos se debatendo em meio à várias teclas, erros ortográficos, correções, releitura e enfim estou iniciando com um tema bem besta, ou melhor, a falta de tema.

Me incomoda bastante ver a página do Word em branco quando tenho que preencher o máximo possível de palavras saídas de uma mente vazia. Mas calma, quem lê isto deve estar pensando que eu tenho uma mente vazia com frequência. O que é isso gente? Se assim fosse não teria conseguido várias conquistas ao longo da minha vida, como escrever uma redação para vários vestibulares já prestados anos atrás. Extremamente cansativo, mas devo confessar que não tenho dificuldade quanto à escrever redações em vestibulares. Mas por que justo agora está me faltando a inspiração? Mas pelo menos estou preenchendo a página do Word de palavras sem sentido. Mais interessante vai estar quando ao final desta crônica, quem ler vai ver todas estas palavras postadas em um blog. Aí a satisfação vai ser total.

Mas enfim, ta rolando, vamos lá, só mais um pouquinho. O que escrever agora meu Deus! Pronto, bate o desespero só de pensar que depois daqui ainda tenho outro trabalho para entregar. Graças, já está acabando o semestre aí chegará as tão desejadas férias. Descansar a mente sem se preocupar com trabalhos acadêmicos. Poxa, deveria escrever sobre os meus planos para as férias! Não é um tema ruim para uma crônica, eu acho. Por que eu não pensei nisto antes?

Deixa pra lá, resolvi terminar por aqui antes que meus neurônios entrem em conflito e comecem a dar palpites de um tema descente e não a falta de tema. Ridículo! Mas é isso, como meus amigos falam “só é que não sei”. Às vezes esta frase parece que foi feita diretamente pra mim. Ando muito cansada tendo que conciliar trabalho e estudos então acho melhor terminar por aqui mesmo. Ai pai! Falta do que fazer e do que escrever, quer dizer descobri que agora mesmo estou fazendo alguma coisa e escrevendo alguma coisa sobre alguma coisa. Legal né? Acabei de exercitar meus neurônios conflitantes.

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Sonhos de uma noite de um verão timbaleiro

Hugo Gonçalves

Sinto uma enorme vontade de conhecer um músico baiano pessoalmente, que é um dos meus cantores favoritos. Entre bastidores, autógrafos, entrevistas e sessões fotográficas, coisas que acontecem em qualquer espetáculo contagiante, meu sonho é ver essa extraordinária personalidade de perto num ensaio carnavalesco de uma das melhores bandas de axé durante minhas férias de verão. Sempre lembro que só conseguirei conversar com ele quando os seguranças me permitirem... Com a mais absoluta certeza!

Minha admiração pelo trabalho de um rapaz negro, de origem humilde, com cabelos semi-black power e uma inconfundível voz potente, começou há cerca de três anos, quando foi entrevistado para um conhecido telejornal campeão de audiência na Bahia no horário do almoço. Era época de lançamento de um álbum maravilhoso da banda da qual o jovem cantor com um brilhante talento faz parte. Foi a partir daí que ele chamou a minha atenção, não só por sua fisionomia juvenil, mas também por seu incrível e excelente trabalho musical.

Reparem o nome desse sujeito: Adenilson Brito Silva, popularmente conhecido por seu simples e carinhoso apelido, Denny, o querido e amado vocalista da Timbalada! Todos os anos, com sua maneira afro-brasileira de ser e de viver, Denny e sua turma fazem as multidões se animarem em tudo quanto é folia: no Carnaval de Salvador, nas famosas micaretas e nos shows que eles fazem no Brasil e no mundo afora. Nesses encontros timbaleiros, o uso excessivo de máscaras, pierrôs, colombinas, serpentinas e outras fantasias não é obrigatório. Apenas a alegria é recomendável!!!

Quando ouço qualquer música da Timbalada na voz de Denny, sinto um prazer imenso de ir aos ensaios desta banda liderada por um cara corajoso que venceu as barreiras do preconceito, utilizando-se de uma voz espetacular e harmoniosa para agitar as diferentes massas, da mais pobre a mais elegante. O lado compositor de Denny, especialmente num dos maiores sucessos da banda, Regando-te (do emocionante refrão: A Timbalada traz axé pra você...) me faz pular de pura alegria e descontração por ser a cara da estação mais quente do ano. Admiro essa belíssima obra-prima que ele criou e deu de presente para toda a comunidade timbaleira.

Com tudo isso guardado na cabeça e no coração, já estou preparado para presenciar um grande momento da minha vida... São os ensaios da Timbalada para o Carnaval de 2010, realizados todos os domingos, entre janeiro e fevereiro, num espaço novo que nosso bom e velho Carlinhos Brown, fundador e patrão da banda, montou no antigo Mercado do Ouro. Trata-se do Museu du (sic) Ritmo, que não é de fato um lugar onde são realizadas exposições. É uma fantástica e reluzente casa de shows como outra qualquer, que a Timbalada reserva, é claro, para os ensaios mais acalorados e contagiantes.

Eu, assim como todos os admiradores da banda, terei o felicíssimo privilégio de conhecer pessoalmente um cantor do porte de Denny. Será uma noite tão divertida e animada antes de o show começar para, enfim, levantar poeira! Irei compartilhar, com certeza, os melhores momentos com ele e o universo timbaleiro que o rodeia, inclusive na hora dos autógrafos e das conversas com fãs e com a massa em geral.

Fica claro que só irei curtir, com todo gás, os magníficos ensaios da Timbalada quando o tempo estiver bom, muito bom mesmo! Se um sol escaldante aparecer sobre o litoral da Bahia num domingo, vai garantir uma colorida e agitada oportunidade de ver Denny acompanhado de uma grandiosa orquestra, com músicos completamente qualificados e criteriosamente selecionados por Mister Brown para dar maior tonalidade e equilíbrio aos arranjos.

Se tudo der certo – e dependendo do tempo e das minhas condições financeiras –, conseguirei um lugar cativo para curtir, com amor, harmonia, melodia, sinfonia, sintonia, energia positiva e alegria original, uma noite de ensaio da Timbalada no Museu du Ritmo. Esse maravilhoso espetáculo, repleto de pura animação e que combina com minha maneira de diversão, será uma grande chance para os timbaleiros se prepararem para desfilar no circuito Dodô (Barra-Ondina) a bordo de uma nova aventura radical da folia da Boa Terra... o fascinante e vibrante Bloco Jumper! (Por sinal, o nome do novo bloco significa “saltador”, dando uma ideia de aventura ao Carnaval de Salvador.)

Tudo de bom que acontece num show da Timbalada não é só realidade, mas também ALEGRIA, ALEGRIA, ALEGRIA ORIGINAL!

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

A laranja bohêmica!

Luan Guimarães
Tudo começou na faculdade. Eu, calouro, logo de cara já me deparo na sala dos meus anfitriões do 2° semestre. Dizem que depois das tempestades sempre acontece a calmaria, o sol brilhante e forte que abduz o tempo ruim, bom, de início foi estranho, porque, para os calouros entrarem, a sala do 2° semestre seria dividida, por modificações na grade dos novatos (segundo o coordenador, na época). O pessoal do 2° semestre ficou louco, uns nem tanto, mas a maioria discordava em gênero, número e grau do fato de se separarem para dar lugar a outras pessoas, que de início, para eles, pareciam mais extraterrestres. Passado um tempo, este onde iriamos sofrendo a mutação na qual virariamos seres iguais aos outros, foram se conformando e eu fui fazendo umas amizades, tirando Léo, que já conheço há mais ou menos 11 ou 12 anos, não conhecia ninguém, mas, de qualquer forma, facilitou e muito na minha adaptação ao ambiente, alguns dias se passaram e de repente surge a notícia de que haverá um campeonato de futsal interno na faculdade, com o objetivo de tirarem os melhores de cada time para montar o time da faculdade, ótimo, pensei, com um bom tempo já parado, posso voltar a fazer uma das coisas que mais gosto e também me integrar mais com o pessoal.

Indo com Léo, perguntar sobre a inscrição, me deparo com Lula e Pedro voltando do mesmo local, Léo pergunta a Lula: "velhão, tá sabendo do campeonato já?", Lula diz que sim e que acabara de voltar do lugar de inscrição, onde foi procurar saber do regulamento, ótimo, facilitou um bocado, o negócio era o seguinte, podiam ser inscritos até 12 jogadores e todos teriam que ser do mesmo curso, bom, vamos caçá-los agora.

Falamos com Pedro, que faz parte do 5° semestre, que chamasse uns amigos, e nós nos encarregaríamos de falar com o pessoal do 1° e 2°, pois é até onde tinhamos acesso, por não conhecer outras pessoas de outros semestres. Chamamos os que pudemos e que afirmaram que jogariam, eis o problema, só podem 12 jogadores, e tinhamos 13, antes do começo do campeonato, um teria que ser cortado. Montamos então, como ninguém tinha aula em um determinado dia da semana, um treino, para decidirmos quem vai ficar no time, fora o critério talento, que este, admito não ser o meu forte, tinha também o de comprometimento e colaboração com o resto do time.

No 2° treino paramos para pensar sobre o nome do time, após algum tempo de discussão, Lula falou em alto e bom tom: "Laranja Mecânica!", e, olhando a fisionomia do time, soltei a pérola: "Laranja Mecânica Futebol e Cerveja!", todos riram e concordaram em por este, o nome completo do time. Como foi a melhor opção até então, aderimos e já estava tudo certo, já tinha desenhado até o uniforme e o escudo do time, dias iam passando e chegava a hora de cortarmos um da equipe, a ideia era dolorosa, pois já tinhamos criado um certo laço de amizade, e por não nos conhecermos a muito tempo, alguns também tinham receio de ter que fazer essa escolha. Bom, campeonato chegando e é chegada a hora da decisão, alguém seria "jubilado" do time. Feita a votação, Danilo, eu e Deivison ficamos na diferença de um voto, de um para o outro, na ordem, fomos os menos votados, mas, infelizmente, o que possuiu menos votos foi Deivison, e o mesmo teve que ser cortado do time, depois de comparecer a treinos e tudo mais, o "velhinho" até que não é ruim de bola, não, partilho da opinião que possui mais talento que eu, e também é supergente boa, fiquei feliz por ter continuado, mas, infelizmente, alguém tinha que ser cortado, e dessa vez esse alguém foi ele, mas é bola para frente, já dizia o ditado.

Às vésperas do campeonato, pensamos melhor e resolvemos mudar novamente o nome do time, pois a "Laranja Mecânica", fazia alusão a um apelido dado a forte seleção holandesa de futebol de campo, em determinada época. O tempo era curto e precisavamos de um nome, todos queriam que continuasse o "Futebol e Cerveja", pois era a parte hilária do nome, e então, surgiu a ideia do BOHÊMIOS FC (Futebol e Cerveja), todos gostaram, e como o tempo era curto, resolvemos colocar esse mesmo. Prontamente mudei o escudo e redesenhei o uniforme, que precisava ser entregue no ato da inscrição. Nos inscrevemos e a partir dali a coisa era séria, a cada dia que se aproximava o campeonato, "mermão", era uma loucura, já tínhamos feito o uniforme, decidido os titulares e reservas, continuávamos treinando ansiosos, até que é chegada a hora. O campeonato começa, e no nosso primeiro jogo, contra um time onde todos diziam ser um dos melhores da faculdade, ganhávamos por dois gols de diferença e por fim empatamos (5x5 foi o resultado). A frustração tomava conta dos Bohêmios, que tinham sede de classificação, no segundo jogo, ganhamos (3x1), e o otimismo ja tomava conta do ambiente, precisavámos apenas de 1 vitória contra um adversário direto, que era o próximo jogo, e por fim, cumprir tabela.

Não foi bem o caso. No jogo seguinte, tomamos a "sacolada" de 10x3, e víamos distante o alcance do nosso objetivo, a classificação, teríamos que ganhar o último jogo e torcer para que o time que ganhou do nosso time perdesse. Chegada a hora, a nossa parte fizemos, embora o outro time, já sem chances de passar a outra fase do campeonato, não ter comparecido, de qualquer forma ganhamos e torcíamos para o nosso adversário direto perder. Oferecemos até a famosa "mala branca" para que o time adversário ganhasse dos nossos "desafetos", mas soubemos que não aconteceu. Não procurei nem saber o resultado do jogo, só vi o nosso sonho de classificação sendo destruído e ali acabava o campeonato para nós.

Fim da linha para a Laran... digo, os Bohêmios, mas pra mim, o importante mesmo foi conhecer melhor cada pessoa que conheci, viver o que vivi e independente do que aconteça, levar na memória e no coração, cada laço construído. E que venham os próximos campeonatos...

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Ligar ou não ligar?!

Vanessa Borges

Era o pior dia da minha vida, domingo, detesto domingo, afinal nada pra fazer... estava ansiosa, tinha saído no sábado com um gatinho, e aquele momento nenhuma ligação, estava tão aflita...

Foi aí que eu pensei... porque eu mesmo não ligo? Mas será que se eu ligar não vai parecer muito interessada?

Ah! Vou ligar! Não, não vou ligar... fiquei naquela indecisão durante 1 hora mais ou menos. Então deixei pra lá, e fui fazer algumas coisinhas, minha mãe enchendo o saco dizendo: "Menina, vá arrumar seu quarto... vixi.... eu já tava na "bruxa" e minha mãe me enchendo a paciência, como diz a garota da novela, "é a treva!"

Não foi assim que o telefone tocou, saí correndo pela casa, desci as escadas pra atender, pensei: Será que é ele? E nada de achar o celular, pra variar, corria de um lado, corria do outro e nada, até que... eu achei debaixo do sofá, isso mesmo, debaixo do sofá, minhas coisas andam um pouco desarrumadas, já deu pra perceber, né?!

Peguei o celular, respirei fundo e disse, alô?! hum...nessa hora a respiração ficou super ofegante... Moça?! Tudo certinho? - ele disse, nossa fiquei tão nervosa que acabei gaguejando, o, oi... tudo bem e vc? Ele respondeu na lata - "Vamos sair hoje?" Pronto. Nessa hora, quase desmaiei - como mulher é besta, sem noção. Desliguei o telefone, pulei tanto que parecia um milho e pipoca na panela...

Fui direto pro banheiro, tomei banho, e saí, mas antes pensei, porque eu não liguei pra ele?! Se ele me ligou é porque estava afim, né? Ou não?! Ah! mas isso agora não importa, eu quero é ser feliz....

O que eu vou ser quando crescer?

Érica Torres
Decidir o futuro é uma tarefa difícil. Eu lembro que quando novinha, aos 7, 8 anos achava que demoraria muito pra chegar aos 18, idade, na época, da minha irmã mais velha. Mas, ao contrário do que imaginava o tempo voou e hoje estou aqui com os meus 18 anos, prestes a fazer o vestibular e traçar o meu futuro.

Estou confusa, não sei o que escolher como profissão, me acho muito imatura e despreparada para pensar em algo que vou levar para minha vida toda. Tenho muitas dúvidas. Eu penso que há algum tempo atrás, quando meus pais prestavam vestibular, essa decisão era mais fácil, afinal, você só precisava escolher entre três profissões: Direito, Engenharia e Medicina.

Mas hoje, a situação é bem diferente. Só em Engenharia temos um leque de possibilidades, seja Engenharia Civil, Engenharia Ambiental, Engenharia de Produção, até mesmo Engenharia de Petróleo, entre outras tantas. Já na área de Comunicação, existe Publicidade, Jornalismo, Marketing, Design, Rádio e TV ou simplesmente Comunicação Social. Até Medicina agora já existe a Biomedicina. Por isso, procuro não me culpar por escolher algo que um dia vá desistir, ou perceber que não é aquilo que quero. Mas é difícil não me culpar, afinal, meus pais estarão bancando a minha universidade, um preço alto, muito alto. Em qualquer universidade particular hoje em dia, a mensalidade não sai por menos de seiscentos reais. Então, seria literalmente jogar o dinheiro fora. Sincera e honestamente, eu não quero fazer isso.

E agora? O que eu faço? Me sinto na obrigação de passar em uma universidade federal, afinal, estudei a vida inteira em uma das melhores escolas particulares de Salvador, e este seria o mínimo que poderia fazer como forma de retribuição aos meus pais. Mas, cada dia que passa os vestibulares das universidades federais se tornam mais difíceis e concorridos além do sistema de cotas, prefiro nem falar sobre ele, pois, este assunto sempre gera uma série de discussões onde ninguém chega a lugar algum. E, pra falar a verdade, até a própria universidade em si, sua estrutura, professores e aulas são piamente criticadas pelos próprios alunos. Posso falar isso com toda a certeza porque tenho amigos e parentes que cursam a federal.

Eu gosto da área de Humanas, sempre me destaquei em História e Geografia, gosto de ler e escrever, mas não tenho muito costume. Quando me deparo com as opções, fico entre direito, Jornalismo e Administração. Eu escolhi prestar vestibular para Jornalismo, não foi fácil chegar a essa decisão, pois a quantidade de pessoas que vieram me falar que eu não serei nada, que essa profissão não dá dinheiro, não é reconhecida, principalmente após a decisão final de não obrigatoriedade do diploma me deixaram muito abalada. Graças a Deus eu conto com o apoio dos meus pais e familiares, meus verdadeiros alicerces.

Enfim, hoje, me encontro em um estado de insegurança, mas, quem sabe ela se dissipe ao longo da vida. Eu só quero poder dizer um dia: amo o que faço!

Orkuteira

Érica Torres
Chego em casa, a primeira coisa que faço é: tirar os sapatos? Tomar um bom banho? Comer? Não, nada disso! É ligar o computador e acessar a internet, mais precisamente, a minha página do Orkut. Navego por horas e literalmente me perco no tempo. Essa é a minha rotina diária e entrar na minha página virtual passou a ser um compromisso.

Hoje já sei que é aniversário de Joana, ela me deixou um “depoimento” dizendo que vai comemorar sua festa em um barzinho da moda. Mas Rê, grande amiga minha desde o colegial, me deixou um scrap falando que vai rolar uma banda muito boa no “Mega bar” e que a bebida será free até a meia noite. Que indecisão.

Preciso comprar um vestido, urgente! Acho que vou ao shopping olhar as vitrines até encontrar o que goste, mas, calma ai, acabei de ver no Orkut da Manu o “perfil” da loja “Zap girls”, ótimo! Posso escolher agora mesmo o modelo.

Enquanto não decido pra onde ir, vou aproveitar para olhar o Orkut do meu namorado Beto lindo e fofo. Han? Jaque? Quem é essa enxerida que deixou “scrapzinho” pra o meu namorado? Não gostei nada disso!

Quero ver melhor quem é essa ousada. Fotinhas na praia? Ela acha que está podendo com todas essas celulites e estrias, além desse barrigão? Deveria ter vergonha! A cara da piriguete, cheia de fotos em shows. Não tem vida não minha filha? Viver de badalações não leva ninguém a lugar algum. Vá trabalhar e estudar pra vê se para de atazanar a minha vida. Para tudo! Ela tem nos “amigos em comum”, Rose! Vou agora mesmo deixar um “depoimento” pra Rose perguntando de quem se trata essa tal de Jaque.

Ah! Ontem foi o aniversário de Peu, namorado de Rose, vou pegar as fotos nos Orkut dele e colocar no meu, atualizar o álbum é sempre bom, aparecerem vários comentários legais das suas amigas, serve pra levantar a autoestima.

- CAMILA! Saia já deste computador, menina! Não tem mais o que fazer, não? Vá ler um livro, estudar! Não sei como consegue ficar horas de frente para esta geringonça.

Minha mãe gosta de cortar o meu barato. Vou nessa, mas, fique sabendo que Orkut é a melhor coisa já criada em todos os tempos.

Sonhos

Elvis Meireles

Sabe quando você está no meio de uma conversa, no meio de algo importante e do nada aquele pensamento te toma por completo? Algo que está na sua mente há muito tempo! Desligo-me, os sentidos parecem não funcionar direito. Você está ali, escutando quem está falando, respirando o ar a sua volta... Mas a mente, bom. É quase como sonhar acordado, na verdade é uma sensação muito boa, parecido com aquele sonho pela manhã, bem cedinho. Que me fixa, prende, acho que a forma mais correta seria “viajar”, navegar por uma situação que ainda não aconteceu, na expectativa de que tudo pode dar certo. Às vezes me pego voltando do trabalho para casa...

Os pensamentos vão tão longe, posso imaginar cada detalhe e cada sensação de quando tudo pode dar muito certo. O tempo passa tão rápido, quando percebo já estou em casa acompanhado de um sentimento muito bom. Por que quando tudo está ruim, quando nada mais está dando certo nada melhor do que sonhar. É viver em um mundo de sonhos? Não. Fico me perguntando o que seria de mim sem eles, sem minhas expectativas. Na verdade o que me faz continuar, acordar todos os dias é a espera que tudo pode melhorar, e que amanhã vai ser melhor do que o hoje.

Viver sem sonhos não é viver, são eles que aquecem a vida, que me faz buscar o melhor, e não se conformar com o simples, o cômodo, com o que não deu certo. Por isso, enquanto, vida tiver serei um eterno sonhador.

As botas do Tio

Thamires Assad

Estava eu no píer da faculdade, quando o Tio do apoio chegou para regar as plantas, e então click, suas botas me chamaram a atenção. Qual o percurso que aquelas botas já passaram? Com certeza por cima da lama, da areia e dos cocozinhos dos pombos, patos e outros animais que habitam aquele lugar, sem esquecer do pavão majestoso e suas companheiras que flertavam enquanto eu tirava fotos.

Mas me refiro a outros caminhos, os caminhos da vida daquele tiozinho que mal sei o nome... Será que, como a sua bota, a sua vida também era amarrotada e melecada? Será que ele era frouxo como os seus cadarços desamarrados? Ou tudo isso nada significa e são apenas botas meladas? Esse tal João, Francisco, Pedro, Tio ou qualquer que seja o seu nome teria noção de que suas botas meio desengonçadas iriam chamar a atenção de alguém?

Nós andamos muito pela vida e como ou com o que andamos muitas vezes reflete o que somos ou sentimos. Quem gosta de andar descalço pode querer liberdade ou não tem um sapato pra calçar, quem anda de salto pode ser fashion ou ser manco e estar corrigindo um defeito. Andamos pelas calçadas, ruas e avenidas, de pantufas sandálias e botas. Ah... As botas do tio, como elas podem até refletir a esfera política do nosso país, deveriam servir pra confortar e proteger, mas, se repararmos, está cheia de carrapichos.

De volta ao cerne da minha observação, eis o simpático senhor com a pura cara de interior: Aquele típico dono de uma terrinha com seus animais e uma família guerreira nordestina! Guerreira como milhões no Brasil afora, retratos dos “vidas secas” espalhados pelo país e pelo mundo. Mas ele não me parece infeliz, ele está ali com sua calmaria, regando as plantinhas, parece que aquilo o satisfaz, ele demonstra um apreço por tudo aquilo que ele cuida, pode ser alí o seu elo com sua vida pacata do interior. Sim! Eu ouso dizer que ele tem um vínculo com a vida rural, pois, ao erguer minha cabeça, me deparei com ele usando um chapeuzinho preto, dando um toque especial ao conjunto que se fincou à minha mente. Um antigo retirante, retrato do êxodo rural, regando, com carinho, as plantas do píer da faculdade, como se fossem parte da sua terra, do seu passado e futuro. Tudo isso sustentado por suas botas, as não tão simples botas.

Escrever, sentir e amar

Thamires Assad
Posso dizer que receber a tarefa de escrever uma crônica sobre qualquer assunto pode ser simplesmente complicado, afinal pode-se falar de qualquer coisa que habita esse ou outro planeta, ou seja lá o que for, até mesmo sobre sentimentos. E o que seria mais presente na vida de qualquer ser humano e principalmente de uma menina-mulher em meio aos seus 18 anos, senão os milhares de sentimentos em conflito? Realmente difícil ver alguém com essa idade sem ter tido nenhum tipo de conflito com os sentimentos conhecidos, e desconhecidos, que, aos poucos, nos trazem novas sensações. E por falar em sentimentos, como não falar de amor? Alguém já chegou a se perguntar se há idade pra se começar a amar, a se apaixonar, a se decepcionar? Ou até quando se pode desejar e ser desejado por alguém? Tenho minhas convicções em partes das perguntas, mas amanhã as mesmas já podem ser outras. Somos seres em metamorfoses contínuas, mas acredito que não existe idade para amar nem deixar de amar. A propósito encontrei um trecho interessante em um dicionário online sobre amor e adicionei umas ressalvas:

"Amor : s.m. Afeição viva por alguém ou por alguma coisa: o amor a Deus (seja ele qual for, de Krishna a Jeová, passando pelo Sol ou Lua, quem sabe), ao próximo, à pátria, à liberdade. / Sentimento apaixonado por pessoa do outro sexo (e cada vez mais natural e perceptível ser por pessoas do mesmo sexo;] ) / Inclinação ditada pelas leis da natureza: amor materno, filial. / Paixão, gosto vivo por alguma coisa: amor das artes. / Pessoa amada: coragem, meu amor! / Zelo, dedicação: trabalhar com amor. // Amor platônico, amor isento de desejo sexual. // Por amor de, por causa de. // Pelo amor de Deus, expressão que dá ênfase a um pedido: não faça isso, pelo amor de Deus!"

Aí estão várias formas de amor, mas eu também confio em outras, algumas como um simples abraço sincero, um beijo te fazendo esquecer do mundo ao redor, um olhar de zelo, uma palavra de carinho, compartilhar a mesma música que embala seus sonhos, uma bronca necessária, uma gargalhada gostosa, um boa-noite, bom-dia, boa-tarde e boa-noite novamente, um pulo nas costas do amigo, compartilhar o mesmo pirulito das melhores amigas sem nojo, ou até falando em nojo poder tirar o aparelho ortodôntico na frente das amigas sem constrangimento. Poderia eu ficar citando até amanhã as várias formas simples e até rotineiramente despercebidas mas que, em algum momento da vida, vai lhe mostrar que isso pode ser amor. E aí lá vêm mais perguntas: Quantas pessoas pode-se amar em uma vida? Essa eu me arrisco a dizer em voz alta, ou “em alto e bom som“ como dizem na televisão.

Não importa quantas, como, onde, porque e nem até quando amar, o que importa é que o amor seja verdadeiro, unicamente a cada instante.

Por que você fala assim? Porque sim!!

Mayra Lopes
É engraçado pensar no modo de falar das pessoas, né? Eu estava a pensar, com meus botões, no modo como as pessoas falam depois que recebi um e-mail e de conversar com alguns amigos sobre as gírias baianas. Essa questão é tão confusa e complexa que se você pensar e raciocinar esse assunto dá até pra realizar um seminário ou um trabalho de conclusão de curso.
 
Como é possível notar, cada estado tem um jeitinho de falar, um sotaque ou algo parecido. Por exemplo, o paulista puxa o “R”,”poRta”, já o gaúcho fala o famoso “bah guria” e o baiano, “e aíí vey, colé de mermo?” É fato que o baiano tem um diferencial, e é isso que eu vou provar.
 
Bahia, em Salvador pra ser mais exata, tudo é abreviado, “você” vira “cê”, o “embora” virou “bora” e agora já é “bo” e até “porra”, o palavrão ou desabafo, como alguns chamam, é usado em tudo que é jeito. Por exemplo, quando a gente se esquece de algo fala “e rapaz esqueci a porra”, quando queremos comparar algo ou alguém falamos “fulano é feio como a porra” e até mesmo como advérbio de lugar nós usamos “poxa é longe como a porra” ou “é lá na casa da porra”.
 
O mais engraçado de tudo isso particularmente é que todo mundo entende essas gírias malucas e responde da mesma forma. Até mesmo os turistas que passam por aqui por pouco tempo acabam assimilando e voltando para os seus países falando algumas dessas palavras que nós usamos tantas vezes.
 
Os jovens, que utilizam as gírias com mais frequência, nem se importam quando “outros” retrucam, e, por isso, quando se deparam com a necessidade de escrever ou ler formalmente, acabam sentindo dificuldades. Já os adultos, coitados, que nem sonhavam em falar dessa forma, estão por se acostumar com a ideia e começam a aderir ao jeitinho diferente de falar.
 
Assim, após esse breve momento de reflexão, tirei a conclusão de que, apesar de tudo, todo mundo tem um jeito e modo de falar diferente, e eu acho que é por isso que nós temos a capacidade tão grande de sermos unidos sendo tão diferentes uns dos outros. A partir dessa ideia, pergunto: E você, camarada, brother ou parceiro, já reparou no jeito que você fala?

A menina do vestido rosa

Sirleia Souza de Araújo (inspirada em uma história real)

Empolgada com o início do ano entrei em um cursinho pré-vestibular. Logo no primeiro dia de aula, notei a presença de uma menina de cabelos pretos e com um belíssimo vestido rosa que todos olhavam não sei se por causa do vestido ou por causa dela mas nem imaginei que essa seria a cena durante todo o ano. Todos os dias lá estava a menina novamente com seu vestido rosa, todo dia surgia uma nova pergunta na minha cabeça: será que ela não tem roupa? Por que o rosa e não preto ou branco ou verde sei lá qualquer outra cor? Será que ela estava pagando uma promessa? Será que é moda em algum país ou continente bem longe daqui e ela está usando? Tantas perguntas e nenhuma resposta.

A menina do vestido rosa nunca faltava aula, não tinha muitos amigos e vivia sozinha num canto da sala, chamava muita atenção por sua beleza e pelo seu tão conhecido vestido. O que as pessoas pensavam não sei, mas sei que não saia da minha cabeça a vontade de ir até ela e perguntar o motivo daquela única peça de roupa. Um dia, indo para o cursinho, parei em frente a uma loja e vi um vestido vermelho que achei que combinaria com a menina do vestido rosa mas não comprei pois não a conhecia e não sabia o que ela iria achar. Talvez não aceitasse o presente e pensasse que foi um insulto então resolvi não me aproximar.

Algum tempo se passou e um dia ao chegar no cursinho não apenas eu mas todos sentiram algo de diferente na sala, ela não estava lá. Acabou a aula e todos se olharam perguntando-se dentro de si: Onde está a menina do vestido rosa? Pensei, talvez desistiu do curso ou foi embora para outro lugar, fiquei preocupada, confesso, decepcionada. Mas todos se perguntavam sobre o que teria acontecido. Passou um dia, dois, três, e até que a resposta viria no quarto dia do diretor do curso que uma garota foi encontrada morta na rua ao lado enquanto atravessava a pista, ela parou para ajeitar o vestido que trajava. A jovem estava com o livro do curso na mão, tinha cabelos pretos e usava um vestido rosa, naquele instante todos sabiam de quem se tratava.

Chorei a perda da menina, senti não tê-la conhecido melhor, senti em não ter me aproximado dela e de não ter lhe dado o presente enquanto havia tempo, sei que todos sentiram o mesmo pois outra chance não teremos de vê-la. Os anos passaram, hoje nos tornamos universitários e alguns já são profissionais que não vejo desde aquela época, mas tenho no meu coração a certeza de assim como eu todos eles até hoje se perguntam e irão se perguntar sempre o que jamais iremos saber porque a menina do vestido rosa, como ficou conhecida, usava todos os dias aquele lindo vestido rosa.

Se a moda pega

Taísa Conrado
Assistindo ao telejornal, me deparo com uma cena dantesca e até então aos meus olhos inimagináveis. Em uma universidade de São Paulo, uma aluna sofre agressões por usar um nanovestido rosa que dava pra ver até o pulmão dela.

Inimaginável porque o que mais se vê hoje em dia é mulher querendo mostrar suas intimidades. Aqueles estudantes nunca presenciaram tal cena? Eu infelizmente me canso de ver desfiles e desfiles dessas mulheres produtos a cada topada de esquina.

Dantesca pela exagerada situação. Viu se um quadro contemporâneo da loucura da sociedade, onde mulheres tornam-se objetos em programas, comerciais, músicas e etc., porém quando tais mulheres pulam de nossas revistas e TVs para nossa sala de aula lá se vão os fariseus tacar pedra na pobre alma (e põe pobre nisso). Também dou grande valor a moral e bons costumes, mas hipocrisia mando pra casa do chapéu. Os que a insultavam são os mesmos que invocam a total falta de pudor nos pagodes, axés e arrochas da vida. Invocou o trem ruim, agora aguente.

Mas, apesar de minha indignação neste caso, desejaria que esta moda pegasse em certas circunstâncias. Não seria danado de bom se no Brasil todas discarações fossem sempre tratadas com tanta euforia reprovatória? Os plenários e Senados da vida, por exemplo, se nossos despudorados políticos fossem vaiados e desmoralizados (acho que o termo correto seria amoralizados) toda vez que aparecessem com suas gatonices e astúcias, essa moda cairia muito bem.

O mais interessante disso tudo é que esta estudante, a exemplo da professora de Salvador, acaba virando celebridade e no final das contas seu feito vira o babado do momento e elas ainda ganham dinheiro. Certas estão elas, aparecem com as protuberâncias de fora e no final dizem que não têm nádegas a declarar.

Fofoca de cada dia!

Thyara Braga de Araújo
Mais uma página do Orkut se atualiza e logo podemos saber das principais fofocas que estão rolando: fulana ficou solteira, a balofa da Ana colocou fotos de biquíni, o cara mais galinha da face da Terra tá namorando e a menina mais feia do colégio pegou um cara supeeer gaaato.

Mas porque viver tanto em função de uma simples telinha de computador, ou melhor, viver em função de uma página de relacionamentos?

Pior de tudo é quando aparece no “perfil” de alguém frases do tipo: “porque você me deixou assim tão só?” Isso me agonia, me revolta!

Acho que as pessoas perderam a noção do que fazem ou o que dizem.

Se meu namorado terminou comigo, eu não preciso sair espalhando pro mundo todo que estou triste. Afinal, o que sinto ou deixo de sentir não vai ser amenizado e nem aumentado só porque divulguei na rede.

O Orkut deixou de ter a função de aproximar pessoas que estão distantes, se é que com toda globalização podemos encontrar grandes distância entre os seres, e passou a ser o “mostruário” de cada pessoa, já que nele você pode saber características das pessoas desde sua religião até o que você pode encontrar dentro do quarto delas!

Paro pra refletir e vejo como nós nos tornamos tão dependentes dessa rede de relacionamentos. Um dia sem entrar no Orkut, parece um dia chato, perdido.

Até as fotos tiradas de momentos marcantes (ou não), são sempre sinônimos de fotos postadas.

Os próprios banheiros públicos, isso mesmo, B-A-N-H-E-I-R-O-S, viraram cenários de fotografias!

Quantas vezes nos deparamos com um grupinho de meninas fazendo altas poses com direito a biquinhos e se olhando nos espelhos dos banheiros para registrar aquilo?! Aff... acho que realmente perderam a noção do belo!

Será que não conseguimos mais guardar nossos momentos e emoções para si próprios?

Sem pensar no que se passa por trás de tudo isso, de toda essa exposição desenfreada, podemos estar colocando nossas vidas como uma livro aberto para que outras pessoas, até mesmo que mal conhecemos, possam mergulhar nele.

Seria muito melhor se cada pessoa soubesse desfrutar de maneira mais adequada do Orkut e não utilizar-se dessa ferramenta como algo indispensável à vida ou fazer dele a “fofoca de cada dia”.

Iemanjá, devolva minha sandália!!!!

Thyara Braga de Araújo
Terça-feira é sinal de dia comum para a maioria das pessoas que têm aula na faculdade ou vão trabalhar. Mas não é o meu caso. Eu não tenho aula nesse dia!

Então, eu e minhas amigas da faculdade (Camila, Thais e Taísa) resolvemos aproveitar essa folga pra tomar um bom banho de mar na praia do Flamengo. Longe pra caramba!

Ainda assim, sem ter aula, tive que acordar cedo pra encontrá-las na Estação Mussurunga. Depois de todas chegarem ao local, pegamos o ônibus com destino à praia. Mas de repente, já quase perto de descermos, o ônibus me inventa de parar.

Fica uma olhando pra cara da outra querendo saber o que tinha acontecido.

Thais, como sempre a mais cara de pau, vira para o motorista:

- O ônibus quebrou, foi, moço?

E ele, confuso, responde:

- Também tô tentando descobrir.

O ônibus volta a andar e mais a frente, para.

Decidimos descer logo e continuar nosso caminho à pé. Depois de uma dura paletada, avistamos o mar.

O sol parecia ainda tímido, enquanto ficávamos feitos nômades até pararmos na Barraca da Sereia, que era a única cheia de gente. Cheia de gente, não! Porque dia de terça só se ver na praia aqueles “gatos pingados” que são tachados de desocupados.

Deitamos nas espreguiçadeiras pra tomar o sol que começara a dar sinais de existência. Finalmente naquele momento, achávamos que poderíamos relaxar em paz após uma longa caminhada.

O que mais poderia acontecer? Nada! (era o que pensávamos!).

Parecia que até Iemanjá tinha resolvido ficar contra nós e mandou uma onda tão forte, capaz de chegar onde estávamos deitadas.

Vasilha de batata frita, copo de refrigerante, óculos de sol e sandálias (muitas sandálias) “nadando” era a cena que se via.

Quando pensei que teria que voltar pra casa descalça, me joguei com tudo e consegui segurar 3 pés de sandálias pretas. Naquele meio, ainda teria alguma probabilidade de dois pés serem meus.

Pra completar o azar do dia, eu havia segurado os dois pés da sandália de Taísa e apenas um pé era meu!

O desespero tomou conta de mim, mas, não havia mais o que fazer, pois Iemanjá já tinha roubado meu outro pé de sandália.

O jeito foi tentar curtir a praia, se é que ainda seria possível, e deixar a preocupação para mais tarde.

Depois de tanta conversa e de tanto comermos, resolvemos ir embora. Mas como é que iria sair de lá?

Naquele momento, avistei de longe um vendedor de cangas. As sandálias que ele usava (deviam ser tamanho 44) podiam solucionar meu problema!

Esperei ele se aproximar e perguntei, olhando para aquelas sandálias que mais pareciam lanchas:

- Por quanto você me vende, moço?

Ele me olhava normalmente, sem perceber que eu não estava interessada nos preços das cangas:

- A canga custa só R$ 35,00, menina. Você quer qual?

Tive que explicar todo minha situação pra ele. Sendo tão compreensivo, o moço me vendeu suas “lanchas” por R$ 25,00.

Só assim, saímos da praia e fomos pegar o ônibus de volta pra casa.

Dentro do ônibus todos olhavam diferente e riam de mim.

Mas a uma altura daquelas eu preferia fingir que nada acontecia. Como se não bastasse, não é que dentro daquele ônibus estava o menino mais gato da facul que vivia dando mole pra mim! Acho que depois disso ele desencantou de vez e eu perdi todas as esperanças que tinham de ter alguma coisa com ele.

Finalmente chego a minha casa e vejo que o pesadelo do meu dia tinha acabado!

Mil Histórias enriquecem minha memória

Hugo Gonçalves

Tenho, à minha disposição, infinitas fontes de consulta, para manter minha memória em dia. Entrando numa biblioteca, seja pública ou particular, pesquiso imediatamente todos os assuntos que já estão na minha imaginação, dependendo do tempo. Os que eu tenho mais afinidade são aqueles ligados à História. Com a abertura de cada publicação específica dessa área, percebo que as coisas mudaram bastante em relação ao que já passou, como a tecnologia, a gramática, os hábitos de um povo e o regime de governo.

Nas bibliotecas que eu visito regularmente, o colorido dos livros, enciclopédias e revistas me encanta, parecendo um mosaico artístico. É um verdadeiro mosaico que, além de ser visual pelas capas e ilustrações internas, reúne infinitos pensamentos e sentimentos que os escritores emitem para os leitores. São esses competentes profissionais que mudam sempre o rumo da História usando os experimentos vivenciados por eles ao longo de gerações.

Meu fascínio pelas Ciências Humanas, sem dúvida, é inegável, pois leio e releio os principais episódios que ajudaram a construir as sociedades e as culturas.

Escritas pelos estudiosos da área e cuidadosamente revisadas, as linhas que descrevem a origem de uma nação, de um estado, de uma cidade ou de um povo me auxiliam na reflexão crítica e humanística de um determinado fato. Assim como todas as outras partes do conhecimento, a História apresenta, às vezes, falhas cometidas pelos próprios pesquisadores. Não existe, portanto, nenhuma perfeição nessa importante Ciência. São, apenas, pequenos erros de interpretação.

As leituras de materiais históricos me fazem afirmar que eu sou um defensor convicto da preservação da memória e da cultura brasileiras. Elas, no entanto, são esquecidas pela maioria da nossa população. Por que será? Acho que a parcela mais pobre não possui níveis culturais suficientes. Difundir a História das sociedades deve ser um fator essencial não só para mim, mas também para milhões de pessoas que tomam conta deste lindo país chamado Brasil.


Conteúdos de História Geral, do Brasil, da Bahia e de outros estados são imprescindíveis para a minha formação cultural, social e jornalística. Por isso, gosto de explorá-los e aprofundá-los pelas leituras e pelos documentários que me causam interesse ou curiosidade, viajando nas primorosas palavras dos textos e nas imagens de arquivo que os ilustram. Investigar e examinar o passado através do presente me deixa muito satisfeito com a visita de acervos pessoais ou virtuais.

Barata terrorista

Laís Amorim
É madrugada, e me bate uma vontade de levantar e ir até a cozinha. Seria comum, normal e aceitável, se eu não tivesse que cruzar com uma barata! Eca... odeio baratas, tenho medo, nojo, não posso nem ver.

Por que existe um bicho tão asqueroso como esse no mundo?! Bicho nojento, sem função no ambiente - pelo menos pra mim -, sujo, esquisito anatomicamente e ainda por cima se procria rápido. Pra piorar existem vários tipos, em termos de coisas ruins deveria ser proibido existir tantos tipo, porque pra mim não importando o tamanho, sendo barata, dou "piti" fácil, fácil.

Então, fui eu andando pra cozinha e me deparei com a dita cuja. Como que em uma relação de respeito - mesmo ela não me respeitando - esperei o serzinho sair do caminho pra que eu pudesse passar, mas ela não cooperava. Rodava de um lado a outro, corria e se escondia, mas não confiava, afinal esses bichos não são de confiança. Até que ela saiu do caminho, e então achei que fosse pra outra rota, mas não ela não cooperava.

Então comecei a perceber que ela tava me perseguindo, isso aí. Ela vinha correndo em minha direção, achei muito desaforo, eu desse tamanho com medo daquilo, mas logo voltei a realidade e a recuar dela. Batia o pé na tentativa de intimidá-la e ela recuar, ela até recuava, tipo uns dois passos pra trás e corria dez pra frente. Enquanto eu me escondia da barata, ficava pensando o porque daquela criatura estar correndo na minha direção, lembrei daquela coisa que dizem que os cachorros sentem quando alguém tem medo deles. Será que também libero algum cheiro indicando que tenho medo dela?! Acho que vale uma pesquisa no Google...

O pânico começou a se apossar de mim quando percebi que ela ja tava cada vez mais proxima do meu quarto. Aí também não! Já é demais isso! Quando vi que a coisa tava feia mesmo, o bicho pegando quase que literalmente, resolvi apelar mesmo que as duas da manhã aos meus pais. Tentei sussurrar por meu pai, mas sem sucesso, ainda por cima a criatura corria, tinha pressa em me atacar, já em desespero batia na porta, esqueci os sussuros e já gritava, o desespero estava presente em mim, foi aí quando me atenderam, e quando disso o que era pareciam desacreditados da situação que os fiz acordar naquela hora. A barata então, deu seu passo ligeiro e foi o meu pedido de misericórdia. Com a voz já embargada, pedia pra que por favor fizessem algo. Entrei correndo no quarto, fechei a porta e fiquei esperando pelo fim da maldita. Quando finalmente achei que o pesadelo tinha acabado, apenas me responderam que não tinha barata nenhuma lá e que tinha ido embora. Claro, né?! Ela se aproveitou da minha frágil pessoa pra tirar sarro, e quando viu meu pai, se mandou, deve ter ficado rindo da minha cara. Pode deixar que um dia ainda vou te ver debatendo no chão e também rir de você, ser insuportável!

Ainda amedrontada e deixada sozinha corri pra olhar todos os cantos do meu quarto, acho que por aqui ela não se refugiou.Me joquei na cama e não deixei nem um fiozinho de cabelo pra fora do cobertor. Será que dá pra clarear logo o dia?! Ai, como amo o Sol...

Meu querido MSN

Hugo Gonçalves

Quase todos os dias, uso o microcomputador, também conhecido por PC (não é sigla de homem, pois significa “computador pessoal”). Computador pessoal? É isso mesmo, o bom e popular computador, um conhecido nosso, com monitor de vídeo, caixas de som, impressora, teclado e um amiguinho muito querido da galera: o mouse, aquele “ratinho-objeto”.

Por que o mouse, apesar de ser rato, é um objeto? A resposta é simples, muito simples... É um objeto, com certeza, em forma de rato. Com ele, eu posso fazer um monte de maravilhas no meu computador, ou PC. Fico impressionado por um tal de mouse óptico, uma das versões do “ratinho-objeto”, por causa das luzes coloridas que por ali passam. Azul, verde, amarelo, vermelho, violeta... Quantas cores vibrantes...

Sento numa cadeira com almofada, ligo o estabilizador, a CPU (ou gabinete) e o monitor. Logo depois, aparece neste último uma tela azul, indicando que meu PC já está liberado para mim. Clico no meu nome de usuário, digito a senha e de repente uma musiquinha me avisa que já posso executar qualquer tarefa nessa máquina eletrônica mais divertida do planeta.

Após efetuar por completo a conexão à rede mundial de computadores, a tão famosa internet, em poucos segundos uma janela esverdeada do MSN ocupará toda a tela do monitor LCD, uma maravilha feita com cristal líquido e termoplásticos. Já com meu nome de usuário na memória do programa, digito apenas a senha e pronto! Estou pronto para conversar com meus amigos prediletos de diferentes tipos, tempos e espaços. Mas só que são virtuais!

No maior e melhor bate-papo da internet, a maioria dos meus amigos e familiares usam uma série de apelidos que eu acho muito engraçados. Bia Pimentinha, Filipe Karamello, Kika, May, Lazum, Tika... É por isso que o MSN é mais interativo, mais jovem e mais alegre! Gosto muito de conversar com meus amigos favoritos que estão dentro do meu círculo de amizades pessoais. Todas as vezes que adiciono novos amigos, meu círculo aumenta.

Usar o MSN é como conversar normalmente com pessoas comuns, não dependendo da sua condição social. Por suas “subjanelas”, é possível conhecer melhor meus amigos através não apenas dos diálogos, mas também das suas fotos, nas quais o indivíduo pode ser mostrado ou não.